O policial civil aposentado Noraíde Manoel Morais, de 64 anos, e a sua esposa Elza Alves Manoel, de 63, foram assassinados a facadas na tarde de segunda-feira (5), na cidade de Glória D’ Oeste (312 km de Cuiabá).
De acordo com informações da Policia Civil, o casal foi assassinado em seu rancho, às margens do Rio Jauru. O filho, identificado como A.A.M., de 33, foi detido como principal suspeito do crime.
Conforme periciais preliminares, o policial foi atingido com ao menos 12 facadas e a esposa com três golpes.
O delegado, Gutemberg de Lucena Almeida, conta que o suspeito foi interrogado e autuado em flagrante, por duplo homicídio qualificado.
Segundo o delegado, o filho do casal tem histórico de internações por abuso de drogas. E, ao ser interrogado, apresentou fala alterada indicando uso de entorpecentes e versões conflitantes sobre o ocorrido.
“Por todas as circunstâncias apuradas até o momento fica evidente a autoria do crime. Tudo indica que o suspeito tenha inclusive escondido as armas [de posse legal do pai] para dificultar provável reação da vítima. Foram realizados exames periciais que serão confrontados com todo o material já levantado pela equipe da Polícia Civil”, explica o delegado que vai representar pela conversão do flagrante em prisão temporária.
O caso
Na versão relada pelo filho aos policiais, ele disse que encontrou o corpo dos pais após voltar de pescaria no Rio Jauru.
Ao retornar para o rancho, ele contou que teria encontrado os pais esfaqueados ainda com vida. O pai, com uma facada no peito, e a mãe com um golpe nas costas.a
Ele levou o casal até o posto de saúde de Porto Esperidião (325 km de Cuiabá), porém eles não resistiram aos ferimentos e morreram.
Aparentemente, nenhum objeto de valor foi levado da propriedade. A Polícia Civil investiga a motivação do crime.
O policial civil, Noraíde, e a esposa estavam casados há 42 anos.
O policial trabalhou por décadas em região de fronteira de Mato Grosso, nos municípios de Glória D'Oeste, Porto Esperidião, Cáceres, entre outros.
Os corpos foram encaminhados para Instituto Médico Legal (IML) de Cáceres para exame de necrópcia.
Uma equipe da Perícia Oficial Técnica de Identificação (Politec) foi até o local para iniciar os trabalhos de investigação.
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